Recebi pedidos, da minha querida audiência de 17 leitores, de informar valores médios dos pratos nas casas avaliadas neste blog.
Ainda não me decidi a esse respeito, muito embora possa adotar essa prática doravante.
Entretanto, apesar de saber que a dor no bolso é um fator a ser considerado na escolha do restaurante, minha opinião até agora é que o prazer de comer bem afasta qualquer angústia pela chegada da conta.
De toda forma, sei que essa não é uma opinião universal e que há quem escolha o restaurante pelo preço.
Então, como uma forma de tranquilizar meus queridos leitores, informo que todos os restaurantes avaliados têm um custo médio por pessoa, incluindo refeição, bebidas (sem vinho ou destilados), couvert e 10%, entre R$ 15,00 e R$ 40,00.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Spaghetto
Visconde do Rio Branco, esquina com Carlos de Carvalho.
Além de ser um lugar formidável, guarda lembranças bastante queridas. Foi onde comemorei o pedido de casamento de minha esposa, onde comemoramos nosso casamento civil, entre outras datas especiais. Tentarei ser objetivo na análise desse restaurante, sem deixar que ela seja distorcida por minhas emoções.
O couvert do local é uma festa à parte. Até hoje tento "adivinhar" os ingredientes do patêzinho servido - já identifiquei azeitonas, alho, cheiro verde, berinjela e creme de maionese. Mas tenho certeza que ainda falta algo, porque o que eu faço em casa não fica igual.
As massas, sempre bem servidas e no ponto. Os molhos, muito bons.
O senão é que o cardápio não oferece massas assadas. Entretanto, o menu de pasta oferece todos os seus tipos possíveis e imagináveis, inclusive conchiglione, farfalle, tagliatelle, fusilli e outras.
Outras opções são as lasanhas e os pratos com carne. Aliás, o prato "padrão" do local é o Filé Spaghetto, com tagliatelle massa verde, molho ao pesto e mignon alto.
Eu, pessoalmente, sou fã do molho alfredo da casa. Recomendo.
Por fim, o atendimento é um capítulo à parte. Façam o possível para serem atendidos pelo velhinho da casa; não se arrependerão. À noite, uma mesa no subterrâneo, com meia luz, será fatal, se é que vocês me entendem.
Cardápio e comida: nota 8.
Atendimento: nota 8.
Média: nota 8.
Além de ser um lugar formidável, guarda lembranças bastante queridas. Foi onde comemorei o pedido de casamento de minha esposa, onde comemoramos nosso casamento civil, entre outras datas especiais. Tentarei ser objetivo na análise desse restaurante, sem deixar que ela seja distorcida por minhas emoções.
O couvert do local é uma festa à parte. Até hoje tento "adivinhar" os ingredientes do patêzinho servido - já identifiquei azeitonas, alho, cheiro verde, berinjela e creme de maionese. Mas tenho certeza que ainda falta algo, porque o que eu faço em casa não fica igual.
As massas, sempre bem servidas e no ponto. Os molhos, muito bons.
O senão é que o cardápio não oferece massas assadas. Entretanto, o menu de pasta oferece todos os seus tipos possíveis e imagináveis, inclusive conchiglione, farfalle, tagliatelle, fusilli e outras.
Outras opções são as lasanhas e os pratos com carne. Aliás, o prato "padrão" do local é o Filé Spaghetto, com tagliatelle massa verde, molho ao pesto e mignon alto.
Eu, pessoalmente, sou fã do molho alfredo da casa. Recomendo.
Por fim, o atendimento é um capítulo à parte. Façam o possível para serem atendidos pelo velhinho da casa; não se arrependerão. À noite, uma mesa no subterrâneo, com meia luz, será fatal, se é que vocês me entendem.
Cardápio e comida: nota 8.
Atendimento: nota 8.
Média: nota 8.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
Saanga Grill
Avenida Iguaçu, 200 metros antes da rápida para o Centro.
Atendimento muito atencioso e gentil; entretanto, com a marcha a ré engatada e o freio de mão puxado. Prepare-se para sentir-se na Bahia, em RDC (Rotação Dorival Caymmi).
Guarnições excelentes e passíveis de alteração no preparo (a pedido). Mas as carnes...
Problema sério para acertar o ponto e o tempero. Ou vem esturricada de tão passada, ou vem crua (literalmente).
Sal também é uma dificuldade.
Parece haver um problema no corte da picanha: eles optam por peças com uma capa de gordura extremamente grande (além do normal). Com isso, o gosto de gordura queimada impregna a carne (embora sirva para deixá-la macia, ao mesmo tempo) e o tempero e o sal se dissipam.
À parte tais questões, o cardápio (a la carte, o que é um defeito quando se gosta de comer muito) oferece opções a todos os gostos e com os mais nobres cortes bovinos.
Cardápio e comida: nota 7.
Atendimento: nota 6.
Média: nota 6,5.
Atendimento muito atencioso e gentil; entretanto, com a marcha a ré engatada e o freio de mão puxado. Prepare-se para sentir-se na Bahia, em RDC (Rotação Dorival Caymmi).
Guarnições excelentes e passíveis de alteração no preparo (a pedido). Mas as carnes...
Problema sério para acertar o ponto e o tempero. Ou vem esturricada de tão passada, ou vem crua (literalmente).
Sal também é uma dificuldade.
Parece haver um problema no corte da picanha: eles optam por peças com uma capa de gordura extremamente grande (além do normal). Com isso, o gosto de gordura queimada impregna a carne (embora sirva para deixá-la macia, ao mesmo tempo) e o tempero e o sal se dissipam.
À parte tais questões, o cardápio (a la carte, o que é um defeito quando se gosta de comer muito) oferece opções a todos os gostos e com os mais nobres cortes bovinos.
Cardápio e comida: nota 7.
Atendimento: nota 6.
Média: nota 6,5.
NapolitanArena
Na Arena da Baixada.
Tem o melhor cardápio de carnes (cortes bovinos nobres, cortes suínos, cortes ovinos), mais um excelente buffet de saladas e frios. Simplesmente impecável, tanto na abrangência como na qualidade.
O atendimento, entretanto, é péssimo. Depõe contra a alegria que todo atleticano ostenta. Prepare-se para ser tratado mal desde a porta até à hora de pagar a conta.
Cardápio e comida: nota 10.
Atendimento: nota 2.
Média: nota 6.
Tem o melhor cardápio de carnes (cortes bovinos nobres, cortes suínos, cortes ovinos), mais um excelente buffet de saladas e frios. Simplesmente impecável, tanto na abrangência como na qualidade.
O atendimento, entretanto, é péssimo. Depõe contra a alegria que todo atleticano ostenta. Prepare-se para ser tratado mal desde a porta até à hora de pagar a conta.
Cardápio e comida: nota 10.
Atendimento: nota 2.
Média: nota 6.
Au Au
Tradicional reduto pós (ou pré) balada. Embora existam diversas lojas, a mais conhecida é na Carlos de Carvalho, logo após a Desembargador Motta.
O catchorro é famoso, mas sem tanta razão. O pão é mole e os acompanhamentos deixam o lanche frio. A solução seria prensar o pão (e apenas o pão!!) antes de montar, mas não o fazem.
E, quando o fazem (a pedido), deixam o pão igual cartolina dobrada. Não rola.
O ambiente, entretanto, é fenomenal. Local agradável e gente bonita, a sós, em caterva e também em companhia.
Voltando à comida: a lanchonete salva-se pelos sanduíches abertos (monstruosos de grande!!) e as já famosas saladas (fizeram uma porção "pequena" que agora serve apenas 3 pessoas).
Cardápio e comida: nota 6.
Atendimento (incluindo o ambiente): nota 8.
Média: nota 7.
O catchorro é famoso, mas sem tanta razão. O pão é mole e os acompanhamentos deixam o lanche frio. A solução seria prensar o pão (e apenas o pão!!) antes de montar, mas não o fazem.
E, quando o fazem (a pedido), deixam o pão igual cartolina dobrada. Não rola.
O ambiente, entretanto, é fenomenal. Local agradável e gente bonita, a sós, em caterva e também em companhia.
Voltando à comida: a lanchonete salva-se pelos sanduíches abertos (monstruosos de grande!!) e as já famosas saladas (fizeram uma porção "pequena" que agora serve apenas 3 pessoas).
Cardápio e comida: nota 6.
Atendimento (incluindo o ambiente): nota 8.
Média: nota 7.
Picanha Brava
Ainda não muito popularizado, fica na esquina da Iguaçu com a Castro (rápida para o Portão).
Piece de resistànce, picanha. Com diversos molhos, mas sempre picanha. Muito embora também sirvam mignon, linguiça defumada, etc, etc.
Na prática, muito meia boca: carne totalmente fora do ponto e sem sal, batata frita encharcada, etc.
O atendimento é sensacional, eu reconheço. Mas não vou a um restaurante para me tornar brother do garçom. Vou para comer (a comida, não o garçom, seus imundos).
Cardápio e comida: nota 5.
Atendimento: nota 8.
Média: nota 6,5.
Piece de resistànce, picanha. Com diversos molhos, mas sempre picanha. Muito embora também sirvam mignon, linguiça defumada, etc, etc.
Na prática, muito meia boca: carne totalmente fora do ponto e sem sal, batata frita encharcada, etc.
O atendimento é sensacional, eu reconheço. Mas não vou a um restaurante para me tornar brother do garçom. Vou para comer (a comida, não o garçom, seus imundos).
Cardápio e comida: nota 5.
Atendimento: nota 8.
Média: nota 6,5.
Ervin
Aos que não sabem onde é, fica na Mateus Leme, esquina com a Brasilino Moura (rua da nova sede da OAB).
O Mignon T-Bone continua fantástico. Tempero, ponto e maciez, tudo na medida.
Churrasco feito no estilo de quando eu era criança e não existiam os cortes ultra-especializados ("ponta de picanha", "filé argentino", etc).
A famosa maionese, entretanto, decepciona. A minha é melhor e mais gostosa.
O cardápio é a la carte, o que dificulta a apreciação de todas as opções.
Cardápio e comida: nota 8.
Atendimento: nota 5 (não é ruim, mas é meio tosco).
Média: nota 6,5.
O Mignon T-Bone continua fantástico. Tempero, ponto e maciez, tudo na medida.
Churrasco feito no estilo de quando eu era criança e não existiam os cortes ultra-especializados ("ponta de picanha", "filé argentino", etc).
A famosa maionese, entretanto, decepciona. A minha é melhor e mais gostosa.
O cardápio é a la carte, o que dificulta a apreciação de todas as opções.
Cardápio e comida: nota 8.
Atendimento: nota 5 (não é ruim, mas é meio tosco).
Média: nota 6,5.
Devon's
O buffet de saladas e frios (que já foi famoso) já não merece fama alguma. Nem parmesão inteiro (para raspar bloquinhos) tem.
As carnes sem sal e, nos cortes mais "fortes" (carneiro, alcatra, etc), sem tempero.
Mesmo a picanha, mal preparada. Feita só no sal grosso (não que isso seja defeito necessariamente), sem o corte e montagem adequada, fica com gosto de morcela.
Conseguiram estragar até a ponta de picanha (dura e, para variar, com pouco sal).
Salva-se, como exceção (deveria ser o ponto de louvor e não a exceção), o mignon com bacon: tempero leve, saboroso e suculento, carne no ponto.
Nem o abacaxi salva a lavoura. Pouco assado, não sai o azedume. E é servido sem canela.
Cardápio e comida: nota 4.
Atendimento: nota 7 (garçons atenciosos mas sem concentração).
Média: nota 5,5.
As carnes sem sal e, nos cortes mais "fortes" (carneiro, alcatra, etc), sem tempero.
Mesmo a picanha, mal preparada. Feita só no sal grosso (não que isso seja defeito necessariamente), sem o corte e montagem adequada, fica com gosto de morcela.
Conseguiram estragar até a ponta de picanha (dura e, para variar, com pouco sal).
Salva-se, como exceção (deveria ser o ponto de louvor e não a exceção), o mignon com bacon: tempero leve, saboroso e suculento, carne no ponto.
Nem o abacaxi salva a lavoura. Pouco assado, não sai o azedume. E é servido sem canela.
Cardápio e comida: nota 4.
Atendimento: nota 7 (garçons atenciosos mas sem concentração).
Média: nota 5,5.
Badida
A Badida (churrascaria a la carte) é excelente, mesmo, mas infelizmente a opção de serviço deles (o "prato do dia" que pega 80% dos pedidos) torna-o uma espécie de "restaurante de PF vitaminado e com qualidade".
Perde um pouco do estilo, se é que você me entende...
Mas a carne, reconheço, é maravilhosa.
A princípio, atendimento meio desatento, meio que "desinteressado". Depois de uma intimada, eles melhoram.
A alcatra no ponto (famoso "Alcatrão" dos anos 70, com maminha e picanha) é fantástica.
No couvert, pães caseiros deliciosos.
Tempero na medida, carne bem quente, ponto adequado.
A "farofa especial" é, na verdade, um ovo mexido com um pouquinho de farinha.
O atendimento a la carte torna o cardápio um pouco limitado, a não ser que se gaste horrores (pedindo meio prato de tudo que está no menu). Os acompanhamentos, salvo exceções, são muito bons.
Cardápio e comida: nota 8.
Atendimento: nota 7.
Média: nota 7,5.
Perde um pouco do estilo, se é que você me entende...
Mas a carne, reconheço, é maravilhosa.
A princípio, atendimento meio desatento, meio que "desinteressado". Depois de uma intimada, eles melhoram.
A alcatra no ponto (famoso "Alcatrão" dos anos 70, com maminha e picanha) é fantástica.
No couvert, pães caseiros deliciosos.
Tempero na medida, carne bem quente, ponto adequado.
A "farofa especial" é, na verdade, um ovo mexido com um pouquinho de farinha.
O atendimento a la carte torna o cardápio um pouco limitado, a não ser que se gaste horrores (pedindo meio prato de tudo que está no menu). Os acompanhamentos, salvo exceções, são muito bons.
Cardápio e comida: nota 8.
Atendimento: nota 7.
Média: nota 7,5.
Ponta de Costela
Primeira, máxima e melhor recomendação.
Ponta de Costela, do meu amigo Sergião (Paulo Sergio Reikdal).
Rua Toni Buso, número 120.
Vá pela Kennedy, sentido Mal. Floriano e, logo antes de chegar nesta, entre à direita (ou seja, é uma rua "atrás" da Mal. Floriano).
Você será levado a um outro estágio de felicidade em seu estômago. Se você conhecia costelinha borboleta, eu te corrijo: você ACHAVA que conhecia.
E, se não conhecia, passará a ter o inefável prazer da melhor costelinha borboleta. By far.
Costelinha borboleta, diga-se de passagem, que é criação e tradição curitibana.
Cardápio e comida: nota 9 (porque é pouco abrangente - sobram tipos de preparação de costela, mas falta picanha, muito embora sirva também filé argentino, barreado, dobradinha, etc).
Atendimento: nota 9 (só não é 10 porque a rusticidade passa um pouquinho do desejável; entretanto, o calor humano e a simpatia serão inigualáveis).
Média: nota 9.
Ponta de Costela, do meu amigo Sergião (Paulo Sergio Reikdal).
Rua Toni Buso, número 120.
Vá pela Kennedy, sentido Mal. Floriano e, logo antes de chegar nesta, entre à direita (ou seja, é uma rua "atrás" da Mal. Floriano).
Você será levado a um outro estágio de felicidade em seu estômago. Se você conhecia costelinha borboleta, eu te corrijo: você ACHAVA que conhecia.
E, se não conhecia, passará a ter o inefável prazer da melhor costelinha borboleta. By far.
Costelinha borboleta, diga-se de passagem, que é criação e tradição curitibana.
Cardápio e comida: nota 9 (porque é pouco abrangente - sobram tipos de preparação de costela, mas falta picanha, muito embora sirva também filé argentino, barreado, dobradinha, etc).
Atendimento: nota 9 (só não é 10 porque a rusticidade passa um pouquinho do desejável; entretanto, o calor humano e a simpatia serão inigualáveis).
Média: nota 9.
O início de tudo!
Pois bem, mais um ousado curitibano se lança ao mundo da cozinha.
Nem tanto da cozinha (do blogueiro propriamente dita), pois certamente o que este blog mais fará será avaliar o que outras casas estarão a oferecer, mas certamente falando de comida o tempo todo.
Se parte de alguns pressupostos:
1) Curitiba é onde mais e melhor se come no país (ênfase tripla no "mais");
2) Prato sem carne fica devendo ab initio, data venia o poder das massas;
3) Se você não me abandonou até aqui, o item anterior denuncia que se trata de um advogado falando / escrevendo;
4) Minha picanha, até prova em contrário, é a undisputed and undefeated champion of the city - ninguém prepara uma picanha melhor que eu.
Se, após estes quatro pressupostos, você não me abandonou nem me achou arrogante ou chato demais, está desde logo convidado a se juntar a mim nessa aventura pelos restaurantes, bocas livres, botecos e congêneres da melhor cidade do país - Curitiba, feita por curitibanos para todos os que a amarem.
Nem tanto da cozinha (do blogueiro propriamente dita), pois certamente o que este blog mais fará será avaliar o que outras casas estarão a oferecer, mas certamente falando de comida o tempo todo.
Se parte de alguns pressupostos:
1) Curitiba é onde mais e melhor se come no país (ênfase tripla no "mais");
2) Prato sem carne fica devendo ab initio, data venia o poder das massas;
3) Se você não me abandonou até aqui, o item anterior denuncia que se trata de um advogado falando / escrevendo;
4) Minha picanha, até prova em contrário, é a undisputed and undefeated champion of the city - ninguém prepara uma picanha melhor que eu.
Se, após estes quatro pressupostos, você não me abandonou nem me achou arrogante ou chato demais, está desde logo convidado a se juntar a mim nessa aventura pelos restaurantes, bocas livres, botecos e congêneres da melhor cidade do país - Curitiba, feita por curitibanos para todos os que a amarem.
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